domingo, 30 de janeiro de 2011

Primeiros Selos 2011



Olá amigos queridos da blogsfera! Estou em atraso na postagem dos 9 selos que recebi todos agora em janiro e todos da doce Zil Mar que tem um cantinho lindo, e agora de cara nova! (Eu não sou boba nem nada fui lá conferir.) Admirem: http://euemmim-recomecar.blogspot.com . Todos os selos são lindos, e fico honrada, grata e feliz, gostei especialmente desse:


Como são tantos os que adoçam ou temperam, cada um com sua particularidade o Compromisso Com O Acaso; sintam-se todos homenageados.
Vou ousar um pouquinho oferecendo os outros selinhos a amigos que participam aqui, vou distribuir de acordo com os seus cantinhos e as impressões que tenho. Seguem então os selos com as respectivas indicações.


Para:
 Lara Mello
Minha Vida é um Filme de Almodóvar


 Fátima
Pecados e Virtudes


 Everson Russo
O Livros dos Dias Dois








Para:

Valéria Sorohan

Bárbara Silva






Para:


manuel marques
Constância.(vila poema)






Para:

Nina

Flor de Lótus






Para:
Yasmine Lemos
http://yasminelemosrn.blogspot.com/
Priscilla Cavazzotto
parênteses.
Multiolhares
MULTIOLHARES







Para:

Maria José

Cida







Para:


Anng
Anng








Para:

Flor

Renata Fagundes



Espero que todos tenham gostado e se identificado com os selos.


Beijos.
Juci Barros

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Chove lá fora e aqui...

Postado por: Juci Barros
Se a chuva entrasse em meus poros e lavasse o que eu não quero e não posso alcançar, eu me jogaria lá fora sem roupa e sem medo.
Se a chuva que me tira o sol me tirasse também o calor quase insuportável que me consome, seriam os dias de chuva de passeios ao ar livre.
Se a chuva ao menos fosse um momento melancólico embaixo do cobertor ao som de uma canção melosa e, se ao nascer o sol novamente eu estivesse radiante... não me importaria de chover algumas vezes.

Mas estou com frio e desprotegida, porque a umidade me abate, e eu que já não tinha conforto e o teto que cobria a cabeça não me dava segurança, tenho agora que aproveitar o pouco que tenho acreditando ter o que recuperar do nada que sinto.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Tensa

Estou com tanto medo da realidade...
Já pensou se ela resolve usar a matéria dos meus pesadelos na falta de sonhos para inventá-la?!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Lendo-me em Lispector - Parte I

Postado por: Juci Barros


Caros amigos; ontem acabei de ler o primeiro livro do ano; A Paixão Segundo G. H. de Clarice Lispector.. Pretendo no mínimos doze, um por mês. Eu sou apaixonada pelo estilo dela, há os que digam que o meu se assemelha ( que honra!), é narrativa, crônica, filosofia... tudo junto. É como o pensamento que sai divagando sem muitos critérios, são sentimentos bem vivos, quentes. A base da escrita é a reflexão sobre a existência, sobre sentimentos, sobre o que há de belo não apenas nas virtudes, como também nos defeitos do que é ser humano, ou seja, até o lado desumano é humano. Somos completos e ao mesmo tempo somos uma busca infinda. Temos um nome, iniciais_ G. H. _ mas sobre tudo temos um refletir sobre o que é ser o que somos, e tentamos desesperadamente explicar o que inevitavelmente nos toma e acaba por dirigir nossas ações; a Paixão.

Citarei alguns trechos da obra como um presente à vocês, e mesmo um incentivo a conhecer melhor a autora. Certamente fará diferença em vossas vidas assim como faz na minha:


"Por enquanto o primeiro prazer tímido que estou tendo é o de constatar que perdi o medo, do feio. E essa perda é de uma tal bondade. É uma doçura.
Quero saber o que mais, ao perder, eu ganhei. Por enquanto não sei: só ao me reviver é que vou viver."





"Por um instante, então, senti uma espécie de abalada felicidade por todo o corpo, um horrível mal-estar feliz em que as pernas me pareciam sumir, como sempre em que eram tocadas as raízes de minha identidade desconhecida."


" A liberdade é um segredo. Embora eu saiba que, mesmo em segredo, a liberdade não resolve a culpa. Mas é preciso ser maior que a culpa. A minha ínfima parte divina é maior que a minha culpa humana. O Deus é maior que minha culpa essencial. Então prefiro o Deus, à minha culpa. Não para me desculpar e para fugir mas porque a culpa me amesquinha."






" Na verdade era o grande prazer de um não ser o outro: pois assim cada um de nós tinha dois."


 " Cansada de quê? Que fizemos nós, os que trotam no inferno da alegria? Há dois séculos que não vou. Da última ver que desci da sela enfeitada, era tão grande a minha tristeza humana que jurei nunca mais. O trote porém continua em mim. Converso, arrumo a casa, sorrio, mas sei que o trote está em mim. Sinto falta como quem morre. Não posso mais deixar de ir."




 


" Ouve, por eu ter mergulhado no abismo é que estou começando a amar o abismo de que sou feita."














" Pois prescindir da esperança significa que eu tenho que passar a viver, e não apenas me prometer a vida(...)
E eu tenho. Eu sempre terei. É só precisar que eu tenho. Precisar não acaba nunca, pois, precisar é a inerência do meu neutro. Aquilo que eu fizer do pedido e da carência_esta será a vida que terei feito de minha vida."




"Pois ser real é assumir a própria promessa: assumir a própria inocência e retomar o gosto do qual nunca se teve consciência: o gosto do vivo."










"Ah meu amor, não tenhas medo da carência: ela é nosso destino maior. O amor é tão mais fatal do que eu havia pensado, o amor é tão inerente quanto a própria carência, e nós somos garantidos por uma necessidade que se renovará continuamente. O amor já está, está sempre. Falta apenas o golpe da graça_que se chama paixão."




Referência Bibliográfica: LISPECTOR, Clarice. A paixão Segundo G. H. Ed. Scipione Cultural.1996. Madrid. Espanha.

Nota: Agradeço ao meu namoradinho , responsável por me proporcionar a releitura da obra me emprestando o exemplar. (Juci Barros)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

"Você viu só que amor nunca vi coisa assim que passou nem parou mas olhou só pra mim"


Postado por: Juci Barros

Quando mais aprendo sobre o amor descubro que amo pouco, que mesmo amando o máximo que eu posso é menos do que eu deveria. Percebo que choro quando tenho mais motivos para rir ou então me distraio demais a ponto de estar rindo alheia a uma dor que deveria pesar. Parece-me que sempre estaremos 
na direção contrária ao amor, é quase que uma condição para que aconteça, pois se andássemos na mesma direção não nos encontraríamos. Conclusão: Cada um de nós só encontrará o amor se for de destino oposto ao dele. Só assim esbarramos 

nele, e com alguma sorte o seduziremos para que o momento se prolongue. 

Os grandes homens e mulheres da humanidade que nos fazem pensar em uma vida plena de amor são exatamente os que trilharam o mesmo destino dele, andavam na mesma direção que ele, lado a lado. Foram pessoas que amavam a todos, que se doavam, e, portanto, eram sós em suas missões. O amor se basta. 
Eu faço parte dos que precisam ficar atentos, esperando o encontro. Me melhorar, convencer, seduzir, saciar sem nunca matar a fome, revelar sem nunca esgotar o mistério... E agora, sou uma confortável sala de estar, desconfio que terei que preparar a cama e encher a geladeira. Estou quase acreditando que o amor não sabe mais viver sem mim.


domingo, 16 de janeiro de 2011

Não te chamo... mas te amo. Não te quero... mas te preciso.

     Respirando fundo e lentamente encostada em um canto e despida dos pesos que posso e de tudo que me sufoca. É o esforço da pausa para continuar vivendo, para ser a melhor que posso ser aos que quero, aos que me querem. Esperando o coração se acalmar, a lembranças se atenuarem. Eu tenho horas de ninar as dores, e com carinho sim, para que elas adormeçam em paz e me deixem em paz também. A dor apesar de triste, apesar do seu lado dilacerante; ela constrói. A dor requer cuidados ternos, ninar a dor é purificar a alma, é enternecer.
     A dor é minha filha, ela nasceu de mim, das minha atitudes impensadas ou da minha omissão. Antes da dor fui seduzida, e no pior dos casos fui violentada. Mas quando estou colocando a dor para dormir vejo uma menina indefesa (eu mesma) que precisa de força e alento firmes de mãe (eu também). Como odiar o que de mim é parte? Antes aprender e esperar que nela cresça grandiosa beleza, e que no futuro ela me dê alegrias. Existe um modo, esse que vos falo, de entrar na dor como em um santuário; é um momento que não pode ser profanado. Existe em mim um ser que agora não se divide nem se soma a nenhum outro. Um egoísmo por um bem maior, para só então ter plenitude, só depois.
     Eu gostaria mesmo assim de não estar só; gostaria de alguém que acarinhasse meus cabelos e esquentasse meu corpo sem se ofender com minha distância. Gostaria de um amor, aquele que antes de desejar me ter cuidasse para que eu estivesse bem, e que, ainda sendo esse meu momento de completa indiferença a qualquer outra coisa que não seja a minha dor, ele ignorasse o resto do mundo e sentisse aí um momento nosso, do qual ele recordasse com carinho. Amor... assim quando uma mãe com cobertor protege seus filhos  e os beija enquanto dormem, na distância dos seus sonhos não a vêem, mas quando acordam no meio da madrugada percebem a proteção sobre eles contra o vento frio da madrugada.
     Como amar um corpo que não responde? Será que não pode se dar pra mim ao invés de querer-me possuir? Eu sei que ainda exalo perfume de vida, sei que tenho pele e olhos que despertam vontade, mas eu não estou com você... mas quero-te comigo. Vele meu sono, confira se estou respirando, beije-me e de leve me chame. Mas não me queira tomar enquanto a dor não dormir. Não posso sentir a ti quando a dor é latente, e então você irá dormir e eu ficarei chorando ...
     Eu superaria voltar e não me ver em teus braços. Eu entenderia sua ausência até o meu retorno  Mas você gritou comigo exigindo que minha dor fosse adiada... ah me doeu! Ainda dói. Penso no futuro nós dois juntos tão separados: eu teria que escolher a passar uma febre de 39º debaixo dos lençóis ou te acompanhar em reunião com os nossos amigos. Vejo você apagando a luz enquanto avisa onde guardou o anti térmico. Eu sei que tínhamos um compromisso, mas eu não sei se tínhamos um sentimento... Temos?
     Lembro de um dia em que eu quase dormia enquanto ninava a dor e você me despertou; meu coração disparou ao som da tua voz:  _ Conta comigo!Conta comigo... 
     As lágrimas que escorrem dos meus olhos enquanto estou no meu santuário são de contemplação, quando lavo as feridas que adormecem, é a cura que lentamente se faz. Mas você gritou comigo me agitei e magoada a ferida se faz outra dor e não são simplesmente lágrimas que escorrem.


     Eu sangro porque o dia não amanhece se as dores não dormem. Eu choro porque volto e não te vejo. Meus olhos se perdem para o que poderia ter sido. Dói o que foi. Dói o que é. Dói o medo do que será. 
     O problema é que ainda que acabe eu não acabo. É mais uma dor para acalentar, sem a esperança de ter alguém ao lado para comigo as verem dormir, para me ajudar a transformá-las em alegrias.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

(Eu)Trilha

Chego sempre desarmada a qualquer lugar que eu vá. Meus olhos cumprimentam as vidas que passam por mim, e algumas não dispensam um sorriso que não sei como faço, simplesmente é mérito de outros. Se me elogiam devo a alguém o brilho. Meu abraço é do tamanho e força do afeto que alguém fez florescer em mim. A quem reclamar a falta de um ombro pra encostar minha tristeza?_Conquiste Juci! Conquiste!_ Acho que é por isso que a tristeza sempre me encontra; para que eu nunca esqueça de me fazer abrigo na esperança de encontrar em qualquer lugar que vá ombro amigo, mas pretendo ir longe, tão quanto sem fim é o número de pessoas que irão cruzar o caminho da minha vida.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Só se doa quem (se) dá!

     A mulher se despi e esquece. Se faz cheiro, se faz gosto para o homem, o homem que é seu.
     O seu homem não a resiste, não a censura, ele simplesmente a devora.
     A mulher se deixa ser devorada, e em mente vive uma devoração mais plena, ela devora todas as vontades daquele homem. Ele não existe, o que existe é vontade dela. Ainda que ele mande, que ordene, ela já se fez ordem na sua imaginação, fez bagunça em sua mente, e é ela responsável por tanta pulsação.
     O seu homem a toca, e precisa tocá-la muito, e ainda mais para provocar  nela as sensações que ele sente apenas ao olhá-la. Ele sussurra o nome dela para culpá-la do seu descontrole, para agradecê-la, para desconcertá-la também.
     A mulher não sai de si, pelo contrário, ela entra no melhor de si. Ela sabe que seu homem encantado vai querer adentrá-la de muitas maneiras. Ele a quer, já não se importa consigo. Então ele procura nos olhos dela um convite.Ele quer acreditar que ela o precisa.


     A mulher quer o seu homem sim, mas paradoxalmente ela só o quer de verdade quando sabe que ele já é dela. Como se não bastasse ela também quer o prazer que é dele. Ela fala,sim, ela o chama, e ela agora é mais que miragem, é a voz a quem ele obedece, ou até a voz que ele desobedece na ânsia de participar dela, se misturar.
     A mulher observa a força que se faz no corpo dele... ah ela faz dele melhor sim! Ela ouve o som que ele faz e, nem ele acredita, mas demonstra à sua menina que não tem defesas, que precisa dela. Ele quer beber o néctar, sugá-la até que ele mesmo transborde em vida. Ela fecha os olhos e como as nervuras de rio se derrama, e como que por milagre sente-se emergindo em suas próprias águas.
     O seu homem a mantém respirando quando, assustada, abre os olhos ela é tomada por um longo beijo. Então, ela entrelaça seus dedos nos dele, e suas pernas no corpo dele. Ela pode; é o seu homem. Ele a ouve; o convida a entrar... ele não exita.
     Começam a dançar, ela adora dançar. Aperta o corpo dele contra si e sorri de olhos fechados como louca rodopiando no vai e vem da dança em um salão. E volta a si quando percebe que a água que se derrama entra em contato com areia fofa. Mistura o que sonha e o que sente e agarra o homem que é dela, e ela sem perceber não é menos dele. 
     Em um lapso de sensações e sentidos encontram-se em olhares cheios de sentimentos, de cumplicidade e em um ímpeto decidem em uma tentativa de colisão um golpe de vida plena. Por alguns segundos sentiram a vida em núcleo. Não se falam, não há motivos, ambos sabem que viram a mesma coisa; o grito inevitável de satisfação e plenitude denunciava que foram ao mesmo lugar e recebidos na mesma condição, a de puros, porque só consegue se entregar completamente quem volta ao estado de pureza que não separa sensações, sentidos e sentimentos.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Quando acordar...

Acabo de engolir um tarja preta e no momento entram em combate os sentimentos de culpa e esperança. Mas todos dormem e eu fico aqui cada vez mais cansada. Preciso desligar... Agora é questão de minutos; talvez pouco mais e uma hora. Já foi mais rápido_me preocupo_talvez precise logo de algo mais forte.
Tenho tantos planos. Tenho até tempo. O que me falta? Eu me falto. Horas tenho corpo, horas só tenho corpo, horas minha mente procura um corpo para dar ordens e ele não está lá.
Estou pensando em fotos amanhã, de um lugar bonito e pessoas felizes. A minha imagem talvez se faça, ou talvez eu apenas capture as de outros. Na tentativa de me mostrar mostro outros. Terei companhia, o namoradinho nos programou felizes amanhã em domingo no parque. Será uma das vezes que eu me encontro assim que ele me encontrar?
O problema é se eu não estiver mais afim... ou então ser um outro problema, afinal será Eu novamente, ou seja, interrogações e reticências garantidas. Espero ser invadida por um fotografar, ou um beijo demorado, ou qualquer outra coisa boa que eu participe. A disposição foi ingerida, mas a vontade de felicidade é minha. É ela que me move.
Eu estou acordada e pronto, enquanto isso me relaciono e não dá para evitar. Sinto cansaço e medo de cansar as pessoas, eu preciso que doem vida real e natural. Toda a vida que tenho parece tanto pra elas, e quero da delas um pedacinho. Nem sabem como são importantes, eu acho que não sabem porque se esforçam para me conquistar todos os dias. Ou será que é por saberem?
Talvez eu também queira sorvete com calda de caramelo. Sentar na grama. Ouvir música. Falar da vida. Falar de amor em silêncio. Fazer amor. Ou não. Fazer planos para depois de amanhã... Viver hoje... Agora! Imediatamente... dormir...

sábado, 8 de janeiro de 2011

Um Ano de Blog!

No mês de Janeiro o Compromisso Com O Acaso faz aniversário. Foi o nosso primeiro ano juntos, e espero que o primeiro de muitos. Já escrevi um post sobre o nome do blog e  minha intenção quando o criei. Então hoje estive passeando pelos posts, fui lembrando de mim, o que me levou a escrever cada post, por qual momento eu passava. Li sobre dores que já não sinto, hoje são feridas cicatrizadas. Li sobre felicidades que pretendo reviver. Despretensiosamente aqui me coloquei, e blogueiros foram marcando presença; seguindo e/ou comentando, surgiram parcerias e posso dizer que amizades mesmo. Muitos dos blogs que se fazem aqui presentes são parte necessário em meu roteiro de leitura semanal. É uma troca, uma soma que fazemos mutuamente ao outro quando vamos ao teclado e digitamos o que transborda. Seja como for estamos todos aqui pensando em algo e expondo. Pessoas comprometidas com o ato de escrever, de comunicar, apaixonados que não guardam apenas para si a vida que pulsa em seus corações. Aqui eu passeio em todas as pessoas que sou, da primeira do singular à terceira do plural.
Quando estou na página do blog sinto como se fosse um mural daqueles que quando adolescentes montamos no quarto. Se eu tivesse que resumir em uma palavra o que significa isso para mim hoje eu diria: gratificante. Minha gratidão se estende a todos vocês, a mim mesma... A vida real virtualmente compartilhada. Aqui pode-mos vê-la e senti-la.
PEDIDO: Me leiam, me separem em sílabas, critiquem, elogiem, e me juntem novamente em palavras, em versos, em frases, em posts inteiros. 
Que a festa continue!
Beijos a todos.
Juci Barros.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Entrega

Foi um segundo de luz que quase me cegou. Eu vi um outro mundo, outro tipo de vida, um outro modo de mim. A luz não era branca, a luz não tem cor, o que está depois da luz cega e existe vida ao fim do caminho da luz para quem tem coragem de um segundo. Nem mais nem menos, porque a coragem está em um exato segundo, e lá estarão mesclados tantos outros sentimentos; inclusive o medo.
De repente a janela de um quarto se abre e a luz que não tem cor o colore com as cores de suas paredes. O instante de abrir janelas é o suficiente para que a luz invada e se faça ela mesma nas coisas. Os olhos se fecham engasturados até um novo enxergar.
Existe algo que não sai de nós, não há como expulsar. É algo que um dia aparece e mesmo muito diferente de nós mesmos sempre esteve ali, é um brilho nos olhos, um pele viçosa. Uma vida mais viva se faz como quarto cheio de prismas. Como se o antes nunca houvesse sido. E tudo fosse colorido com o encanto límpido da luz que faz tudo ser cor de paz. É um mergulho de tudo, é uma entrega de si despudorada ao uno.
E adentrei no templo de mim mesma. Tudo que vejo belo me reflete. E se não sou a própria beleza com tudo que a perfaz, inclusive seus detalhes imperfeitos, sou parte dela. Sou vida e pronto... estou pronta porque sei que ninguém jamais estará.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Infinitivamente infinitos



Quando eu penso no tempo que tenho o que mais se coloca em meu pensamento é o tempo que não tenho. O tempo que não tenho ao qual me refiro é o que passou sem que eu o aproveitasse melhor, e também o que certamente ainda deixarei passar sem fazer dele uma estimada lembrança. Eu vivo o recomeçar em cada amanhecer, ou ainda se me sinto pesada e finita recomeço em qualquer outra hora do dia como a criança que de olhos recém abertos tenta descobrir o mundo e experimenta a si mesma.


As pessoas, cada uma delas, tem sua própria maneira de superar o que foi ou de tentar o que deseja que venha. Mas nem todas se preocupam com o tempo que levam, ou melhor, que não levam. Alguns sofrem demais e outros de menos, e assim o tempo passa. Mas com a passagem do ano, em geral as pessoas fazem planos e em suas retrospectivas pessoais planejam os acertos retirando lições dos erros cometidos. Porém, são tão inconsistentes os planos que se desfazem em poucos dias, ou até horas.
Gostaria de sugerir a cada um de vocês segundos, minutos ou horas a mais que se somem em muitos dias, que prolonguem vida e até a multipliquem:


Leia um livro que tem vontade e nunca tem tempo, ao menos 15 minutos por dia, e retire dele algo que te sirva. Aprenda uma receita nova e cozinhe para pessoas que ame. Satisfaça o paladar delas e terá o prazer de um sorriso, um elogio além de uma nova habilidade adquirida.Reorganize seus CDs e ouça aquele que a muito tempo não ouve; cante alto, dance se puder.Visite aos que te são importantes com mais freqüência, leve flores, um vinho, chocolates se puder ou quiser, mas nunca esqueça de ser a companhia que tu és.


Ame a todos sem os poupar do amor que lhes cabe por direito, diga que ama, o quanto ama. Quanto ao amor que se faz desejo, que o amor seja feito, e que seja mais vezes, e que seja melhor.Cuide de si, olhe para o espelho de modo que perceba vida refletida.


Eu desejo que o acaso nos proteja de modo que a vida plena, ousada e intensa se faça o nosso maior compromisso.