domingo, 4 de abril de 2010

Reflexos da dor

       
        Hoje ou eu ou você terá uma overdose com as minhas palavras, segundo post do dia quando eu passo dias sem mesmo vir aqui. Esse não é um espaço triste, não era para ser e não é, porque eu não sou. Estou aqui dando um tempo para tomar mais um remedinho para exaqueca, de algum modo são entorpecentes, os caros médicos amigos sabem do que estou falando, hoje necessitarei da última alternativa. Não sei se ele acaba com a dor ou comigo, porque "apago". Hoje meu telefone tocou algumas vezes e gosto de pensar que sou querida, não sei quando as palavras irão cessar. Mas será mesmo? Sou querida ou as pessoas é que são carentes em demasia? Neguei minha presença, minha companhia guardei para o compromisso que não foi ao acaso, mas nem por isso seguro. A enxaqueca, a dor atrapalha meus planos, mas não me descompromete, preciso de cuidados e atenção, mas não sei se querida o suficiente. Perdoem-me os amigos dedicados; será que agora eu estou carente além do normal? Ah se só doesse a cabeça, tudo é indigesto e para completar o nó na garganta.
        Se não fosse tanta paixão não sentiria tanto, mas perder mais um dia? No dia que de fato brigar comigo mesma ou com o mundo não doerá mais. Ainda não... está doendo. Eu assumo a culpa de sei lá o que, não dói mais e de repente até me distrai. A chuva voltou, acho que também combina com enxaqueca. Por que não me oferece o ombro ou um carinho? Os artigos farmacêuticos estão ao alcançe de uns tostões e nem preciso, sempre tenho alguns comigo. Se precisar de alguém no meio da noite... não direi a você. De você não quero nada, mas quero tudo porque o que a mim entregar estará bem cuidado. Desejará saber se amanhã estarei bem? Que pergunta... hoje não estou e que diferença isso faz? Mas hoje não dói, amanhã certamente doerá. Hoje eu escrevo devaneios, como eu comentei é uma overdose de palavras na tentativa de diminuir o peso. Tenho um jeito meio estranho de me revelar, é cheio de mistérios. Mas tenho dois braços abertos que sempre serão simples e claros, com eles eu me entrego ou simplismente recebo-te.
        Hoje nem o escuro nem o silêncio fazem diferença, estou no limite. Diz-me um querido amigo que sofro de excesso de desejantes que ocupam mais tempo discutindo os desejos que efetivando, e que o bom é que assim passamos mais tempo juntos. Para ele não há o que discutir além do que vemos na TV ou a caminho de algum lugar. Ele adora meu sorriso(e vive dizendo isso) mas acolhe meu silêncio, me puxa pra pertinho com o interesse único de ter a irmã que escolheu por perto. Fez planos para mim hoje e a enxaqueca não sabia, nem eu. Logo eu que não sou chegada a adiamentos estou sucessivamente me deixando adiar. Mas bem, só para quem aceita, e logo penso: será tão ruim?
        Acordei atordoada... era hora de tentar viver. Estômago embrulhado, corpo doendo e muitas marteladas na cabeça, tentei pensar entre uma e outra. O medo do soar de vozes e então prefiri digitar: SOS, palavras confusas sim mas fazendo valer a intenção de que lembro de nós. Você acredita em mim? Não sei o que mais temo, se uma resposta positiva ou negativa. Não sou dada a mentiras, mas o descaso é igual ou pior...
        Não é raiva, é dor de cabeça. Não é negação, é pedido. Tudo que tenho agora é confusão, tento me dirigir à uma solução e não confia na verdade sobre o que tudo isso parece. Não desista de mim agora porque seu abandono precisa me doer e agora não tenho espaço para outras dores. Não estou triste, estou dormente. Postarei o presente texto amanhã quando colocarei em dia tudo que foi adiado e estarei imensamente feliz porque terei o amanhã para te oferecer de presente no presente.

7 comentários:

dani carrara disse...

olá...
oferecer o amanhã é coisa de anjo.
abs
e bom dia pra vc.

Hana disse...

Adorei seu blog e tudo contido aki ja sigo e sempre que eu tiver um tempinho corro te ler. Obrigada por este espaço lindo.
com carinho
Hana

Anônimo disse...

Olá!
Saudações Literárias...
Parabéns! Muito bom o espaço.
Sempre que puder voltarei.
Abraços de Luz.
Visite o ILUMINANDO A VIDA.

A NAUSEA - REVISTA DE LITERATURA E ARTE disse...

Amanhã é outro dia!!

Fran disse...

Lindo, lindo seu teu blog!
to seguindo!
Beijos!

Valéria lima disse...

Que linda forma como escreve, realmente às vezes é bom nos isolarmos, pra saber se fazemos falta, se somos queridos.

BeijooO'

♪ Sil disse...

Que lindoooooo seu post.

Ahhh...amiga, bem vinda ao clube das "Enxaquecadas" rs, maneira como a gente se trata, pois só quem sabe o que é enxaqueca, sabe bem a vida que se leva.
Benditos meus calmantes rs

Um abraço giganteeeeee!