terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Iludido coração tão... Desiludido

Postado por Juci Barros


27/01/2011
Eu me sinto como alguém que grita bem forte de dor e ninguém socorre. Como se o espelho no qual me olho fosse diferente, como se a minha imagem refletida fosse para mim diferente da que os outros vêem. O problema sou eu... insisto em gritar, em cuidar de uma aparência que a muito não é da proporção do que há por dentro. É justo para quem pede um esforço por minha parte, é justo sim! Por dentro não importa... o essencial fica para depois... Faz tanto tempo que espero. E hoje o Medo de tanta coisa me roubou a força e o esforço que eu poderia ter tentado.
Quando vi você perder o controle eu quis morrer. Eu fiz mais uma vítima das promessas dos meus olhos e sorriso. É difícil viver ao meu lado nos dias em que Me apavoro. Dói pensar que você irá se queixar de mim pra alguém. Dói sentir você imaginando tudo que Eu poderia ser e eu não sou (não posso).Dói querer ir com você e me perder no meio do caminho, e te fazer se envergonhar de mim. Tenho medo de olhar nos teus olhos pedindo socorro e você não entender.
Em gesto de amor você me entrega seu mundo, é envergonhada que dolorosamente te falo que não posso aceitar. Mas eu quero você, e é tão egoísta, eu sei, te tomar do seu mundo pra mim... Querer seus cuidados  esperando curar e um dia ter forças para receber tudo. Quando penso muito em você e na pessoa maravilhosa que você é sinto remorso por tê-lo comigo. Então mesmo com muita vontade de te abraçar de repente não te abraço... e tantas outras coisas que ficam aqui contidas e aí te faltam.
Não há expressão pra dor que eu carrego. Não há do que te culpar. Já eu te fiz mais infeliz, mais sozinho Nessa solidão acompanhada. Penso, com o coração apertado nas oportunidades que perdes. Mas não é maior que a dor de perder-te. Quando quase tentei fazê-lo ir, ao amanhecer a lembrança foi assustadora. Senti um vazio que eu não queria.
Eu havia planejado para hoje repartir um pouco mais dos meus medos, falarmos sobre as possibilidades de melhorar, chorar um pouco em seu ombro, te pedir um pouco mais de paciência. Mas você precisou de mim e eu mais uma vez não me tinha.   

30/01/2011
Hoje porém já é outro dia, é o dia que confessei amar-te, parte do dia que me dei a ti correndo o risco de ficar com nada, uma entrega insana em um desejo íntimo que como por milagre o fogo da situação me consumisse até as cinzas. Eu chorei sentindo eu mesma morrer e te abracei como que em despedida. Te dei o instante e o pouco de mim que restava. Eu seria feliz se de fato depois o mundo acabasse, mas se continuasse talvez você me desse o consolo e me trouxesse qualquer coisa boa de nós. Talvez um bom dia fizesse dele menos pior. É mentira; eu não deixei de sonhar com uma flor no travesseiro, um SMS bobo fazendo o telemóvel apitar na minha cabeceira e arrancando meu sorriso mais bobo ainda. Eu não deixei de acreditar nas gentilezas, nem de esperá-las, mas eu acordo e permaneço sem elas não posso ser boba, e não posso não ser triste, e também não posso desistir delas... então talvez, eu desista de nós. Porque hoje é domingo e apesar de ter-me entregado você não está aqui agora, e eu não estou com você porque nem sei onde te encontrar...
E talvez você se ofenda por não sentí-lo comigo, mas a verdade é que o máximo que tenho de você agora é Um lugar em mim que é seu e está vazio agora. E agora é quase automático lembrar de quando comecei a preparar sua morada em mim, fico me perguntando: se algo que eu joguei não me faria companhia agora, mas deixa pra lá, porque nem lembro mais o que joguei. Que espécie de ingênua sou eu para fazer dos meus dias livres dias seus? Talvez eu seja para você amor, e amor seja para você o descanso nos intervalos das obrigações. É lindo, é aceito. Mas para mim todo o resto é intervalo entre amar e amar.
O eu te amo pronunciado É verdade e digno de quem me fez sentir, do mesmo modo que não sei de devo continuar te amando que sinto agora. Tem uma coisa que nunca entendi que em mim acontece; o tempo até o amar é como o processo. Uma construção que de tijolo a tijolo toma uma forma e nela Abrigo minha vida. Mas o tempo de desamar  é como o deslizamento de terra que em muito pouco leva tudo, é violento e me machuca na lembrança do que foi e poderia ter sido. Passo um tempo De abrigo em abrigo até um doação especial; que me faça nova construção.
Ainda tenho o que Construímos, ainda sinto o que antes pronunciei mas, apesar da estrutura sólida me entristece ver paredes sem tinta e os entulhos que não foram removidos. E ainda eu sentindo o que antes já sentia, Agora não mais consigo pronunciar, porque talvez saber lhe baste e em tua ingenuidade acredite que adiante nada mais mudará. O amor que dou. Não é mais meu, se te entrego cabe a ti garantir Que ele não se desintegre.

25 comentários:

Bárbara Silva disse...

- pois, é a vida .

Ingrid disse...

Juci,
e tantas vezes é assim que sentimos.. e ainda será..
beijos.

Maria José Rezende de Lacerda disse...

Amiga. Tem um selinho de presente para você no meu novo blog "Mimos do Arca". Beijos.

Insana disse...

AAAA este coraçao sempre escravo de seus desejos..

bjs
Insana

Anônimo disse...

Nossa Juci...que texto intenso!!!!

Quem já não se deparou com várias situações citadas aqui no texto...

Muito real....


Bjos querida!


Zil

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida

Quantas de nós não se sentiu neste texto...mas amanhã será sempre outro dia, e espero que para ti seja melhor.

Deixo beijinhos e um ombro
Sonhadora

Ana SSK disse...

A esperança no persegue!

Lena disse...

Lindo texto, lindo blog. Bjs.
Lena

José Sousa disse...

Penso que já estive no espaço encantador. Lindissimo o seu blog. O que li, aqui, gostei e vou ser seu seguidor. Seja meu também em:

www.congulolundo.blogspot.com
www.minhalmaempoemas.blogspot.com
www.queriaserselvagem.blogspot.com

Um abração e tudo de bom.

Anng disse...

Lindo post.
Escreves bem.
Beijos querida.

Anônimo disse...

Oi Juci! :)

Juro que fico impressionada com cada post que sai de você! É de uma profundidade e intensidade espantosas! :D Não só escolhe imagens lindas para ilustrar o post como dentro dele continha duas mensagens. Adorei o "código" por detrás ;).

Apesar da sua dor e tristeza que tanto lamento, dou-lhe os parabéns pela demonstração do sentimento pelas palavras.

Bjs

Mulher Vã disse...

É bonito mas triste...

Beijo

Lara Mello disse...

Me identifiquei! Bju

Bela Lima disse...

Meu Deus, que desabafo hein...
a vida é assim, meio confusa

fé e amor, tenha sempre isso com vooc! ;**

Unknown disse...

Texto profundo.

Beijo.

Jeanne Geyer disse...

Um importante desabafo. o amor, ou sua falta, é inexplicável, o coração não dá a mínima para a razão...
Beijos

IsaBele disse...

Intenso, bonito, triste... Clariceando!

Amanhã é sempre um novo dia, querida. E a gente vai sobrevivendo, porque "viver é foda, morrer é difícil"...

Bjo!

Anônimo disse...

Queridaa.. vi q estas me seguindo ha um tempo.. desculpe nao retornar, mas aqui estou :D

obriagda mesmo viu!!!
tb ja te sigo com prazer.. e espero q volte sempre por lá!

na pag de selos q ganhei postei uns q eu dedico a seguidores.. pegue os q quiser ok??


beijaao

Anônimo disse...

Passei pra matar a saudades daqui!
Beijos meus e um lindo dia!

Denise Portes disse...

Juci,
É sempre o amor a nos coduzir e o medo a nos perseguir.Belo texto.
Um beijo
Denise

Eduardo Medeiros disse...

oi, juci, tudo bem?

adorei o texto.

beijos

Dommin disse...

gostei imenso do blog :)* vou seguir!

Renato Oliveira disse...

E como é desafiador expressar o que sentimos e o não queremos sentir, em alguns momentos. Contudo, a expressão, o dizer a outro é sempre libertador, não é? ;D beijos

entre saias disse...

li o post e identifiquei bastante com algumas coisas que já senti..
vou seguir sim? gostei bastante.
maior beijo*

A.S. disse...

B.e.i.j.o.s


AL