quinta-feira, 8 de abril de 2010

Tudo tem seu tempo. Faço parte de tudo, portanto tenho o meu. E você?

                            
                         
         Querido leitores, hoje iniciei um novo curso terapêutico, mais uma das minhas metas para o presente ano. A abordagem é ampla, revejo coisas que já conheço e com outras farei um primeiro contato. Como já aprendi, se a arte não cura, ao menos alivia as nossas tensões diárias, portato, toda terapia faz algum uso da arte e são muitas as manifestações, vale estar atento às novidades. Escrever aqui é muito gostoso porque estou em contato com pessoas que já exerçem a prática da leitura e da escrita como terapia e sempre é uma troca muito benéfica, pois estou sempre visitando o espaço de vocês. Mas vá lá, sou meio desconfiada com algumas novidades, coisa da minha querida filosofia que vive a manter meu "ar crítico" e hoje fui desafiada. Já falei sobre abraçar árvores né? Coisa meio tola, sei lá... Então, meus caros novos professores querem intermediar o tal contato; eu e a árvore, rsrs que coisa linda. Não me entedam errado, eu amo as árvores, mas gosto de abraçar gente. Mas eu entendo o que está no âmago de qualquer tratamento, que é quebrar a sensação de ridicularidade. Pois bem, acho que algumas muitas pessoas precisam justamente do contrário: criar alguma noção de ridículo.
        Mas a noção sobre a qual tenho a pretenção de tratar agora é a de tempo, ou que chamamos de perda dele. Atividades prazerosas me dão uma profunda sensação de tempo ganho, vivido, porque afinal eu já entendi faz tempo de que prazer em todo significado que a palavra carrega é a minha principal vocação. Contudo, a hipocresia da sociedade na qual vivemos é tanta que as pessoas habituaram-se a rotular o lazer como perda de tempo. São verdadeiras máquinas que só importam quando voltadas ao trabalho. Sim, o trabalho é importante e dinheiro é muito bom, desde que sobre tempo para gastá-lo e mais, para não pensar nele. Pisar na grama, ver o mar, dormir, abraçar pessoas queridas, namorar, fazer sexo, testar uma nova receita, são atividades que quando não custam nada, custam muito pouco, porém valem muito. Existe uma frase até bem conhecida que retrata bem o que quero passar: "Preocupe-se mais em acrescentar vida aos seus dias que dias à sua vida."
        Claro, quem me acompanha bem sabe que tenho dias ruins e até os muito ruins. Perco o sono e a paciência, mas até quando? Existem problemas que levam anos para serem resolvidos ou nunca são, eles acabam com o fim da vida; o que não podemos permirtir é que eles sejam o responsável pelo mesmo fim. Talvez ignorar uma dor seja pedir muito a um ser humano intenso demais, mas é fazendo uso da mesma intensidade que a dor não  impede-nos de vivenciar e viver prazeres. Não existe melhor ocupação que amar alguém, e como são muitas as maneiras sempre terá uma ao seu alcançe, ninguém de fato está ocupado demais. A relação mais doentia que percebo é quando alguém é para o tempo e não o contrário. Falo sempre no tempo usando o pronome possessivo; o meu tempo. E volto ao que já escrevi outras vezes, o próprio tempo de conjugação verbal (presente) não deve ser por acaso.
        É o trabalho que dignifica o homem, mas quem é o homem? Como se chama? O que gosta de fazer? A quem ama? Quem o conhece e qual o motivo? Continuem praticando as palavras, criando espaços nos quais falem de emoções, mas as tenham por favor...
       

9 comentários:

Patrícia Antão disse...

Acredito em anjos e assinei um contrato vitalicio com o acaso!
Acredito nas tuas palavras porque sao transmitidas com sentimento e intensidade...

Acabei de escrever mais um rabisco meu, onde "compromisso com o acaso" se destaca!

Obrigada

A Magia da Noite disse...

todos temos dias, uns melhores que outros e uns piores que os piores já vividos, mas temos de dar tempo ao tempo, e depois num só momento tudo se ilumina e fica perfeito.

Valéria lima disse...

Realmente uma troca benéfica ler seu texto. Do tempo só quero uma trégua.

BeijooO'

Amanda Vieira, disse...

oi adorei seu blog tbm, estou seguindo tbm :)

Anônimo disse...

Desde já, obrigado pelo seu seguimento e pelo comentário também.
Não se trata duma questão de me sentir bem ou mal. Eu gosto e sou arrogante com quem preciso de ser. Faz parte da minha ética e dos meus valores morais. Eles merecem.

Maria Auxiliadora de Oliveira Amapola disse...

Boa tarde.
Estou visitando seu blog. Voltarei depois, para ler com calma.

Um abraço.

sara disse...

que texto.
obrigada :) vou seguir.

Gabriela disse...

Passa lá!
www.meulencocorderosa.blogspot.com

♪ Sil disse...

Belo texto Juci.
Aliás, tudo belo aqui, adoro tudo que voce escreve.
Um abraço minha querida e um findi maravilhosoooooooo!