segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

E Clara ainda clareia

        Temos ainda em nosso país com vasta produção musical cantores(as) que nos orgulham com suas poesias e melodias que acabam por embalar nossos dias, mas para encontrar as poesia e melodias as quais me refiro precisamos ser muito seletos, porque trata-se de uma minoria. Me pergunto quais serão as referências para os cantores que ainda ão de vir nas próximas gerações; ainda haverá poesia? Ainda cantar-se-á amores, ou a vida, ou ainda a natureza que nos cerca? Não consigo imaginar os nossos jovens curtindo hinos de pura alegria porém, com letras que façam sentido e observando no palco um(a) artista que interprete talvez até caracterizados homenages à culturas que não podem ser esquecidas. O canto existe porque a vida precisa ser cantada, mas o que haverá para se cantar quando a vida se resume a esperar o trio-elétrico passar?
        Me conforto na esperança de que ainda existam jovens musicalmente "velhos" como eu, e que as canções nos sirvam para conhecer diferentes contextos e reconhecê-los dentro de nossas reflexões e anseios. Mas toda essa introdução foi uma homenagem à saudosa Clara Nunes que nem sequer é do meu tempo e ainda assim tenho saudades, porque através da música a gerações se encontram e assim tinho o orgulho de afirmar que de algum modo a conheço. Só sinto por não poder participar de um show ou esperar uma nova canção unida a uma interpretação sem dúvida fascinante.

        Ouvindo Clara Nunes tenho a sensação de pisar na areia da praia e molhar os pés no mar e olhando as águas ao longe meus olhos se perdem docemente; e assim tenho minnha interpretação de como "é doce morrer no mar, nas ondas verdes do mar"... Ou ainda entender que "talvez venha ser infeliz todo aquele que ama pois tem o coração em chama". Bem, mas voltando aos bons cantores que temos em alguns consigo identificar a influência de Clara, como Vanessa da Mata e Jorge Vercillo, ainda bem!

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