domingo, 21 de março de 2010


        Nós, os  educadores envolvidos com o saber cultural acreditamos na importância da dinâmica social para a formação dos jovens e crianças; o indivíduo detentor de um saber cultural está fortemnete vinculado a grupos sociais, e mesmo os que adotam uma postura anti-social acabam formadores de outras novas culturas, a própria tentativa de negação reforça o critério de verdade do princípio negado. Em conversa com outros amigos que convivem com o ofício de educador direta ou indiretamente comprovei  a necessidade atual que a maioria dos professores desejam em se fazer respeitar pelos seus alunos, é como se os educandos não envolvessem suas emoções no processo de aprendizagem e vão às aulas por pura obrigação, basta-lhes cumprir o horário estipulado onde o aprender não é a prioriade.
Nos cursos de educação para alunos de licenciaruras em nossas universidade já estamos fadados de ouvir e concordar sobre teorias que priorizam o reforço positivo, o estímulo e elogios como meios para disciplinar os alunos. Ora, não sou contra o rótulo a muito dado aos professores de facilitadores no processo ensino-aprendizagem. Porém, o que não devemos esquecer é que dentro da sala de aula o mestre (como respeitosamente os alunos dirigiam-se aos professores) exerce um comportamento diretivo que sem dúvida assegura a transmissão de conhecimento. O diálogo é muito importante, e o professor deve aprender sobre cada aluno e se intressar por eles para melhor medir e direcionar o aproveitamento das aulas, mas é o professor que tem um objetivo ao fim de cada etapa da educação, e para tanto a autoridade do professor é indispensável. Comparo a relação médico-paciente; o primeiro ouve as queixas do segundo e a partir de um conhecimento adquirido e autorizado direciona o problema à solução. Antes mesmo do diagnóstico saimos da consulta com uma leve sensação de alívio devido a confiança depositada no profissional, salvo os casos em que o médico não transmite ao paciente autoridade suficiente no exercício de sua função.
        Disciplinar não pode nem deve estar associado a antiga prática das palmatórias ou do ajoelhar sobre o milho no canto da sala, contudo a fala do professor deve ser firme e segura, de modo que nos diálogos o aluno acredite estar diante de alguém que o direcione a um saber justificado, ou seja, podemos disciplinar nossos alunos desenvolvendo neles de forma compreensiva, mas com atitudes seguras a capacidade da autodisciplina.
        O respeito não é adquirido através da coerção, ela só gera temor e felizmente não é o que os verdadeiro educadores aspiram. Respeito é fruto de um trabalho gradualmente reconhecido, portanto, preparem suas aulas, ouçam seus alunos, tenham real interesse e participação nas reuniões de pais e acredite de fato que você tem o potencial de descobrir e contribuir tantos outros potenciais que esperam a sua "voz de comando" para transformarem positivamente suas comunidades, seu país e o mundo.

2 comentários:

Mulher Vã disse...

Oi Juci.

Gostei muito de sua visita lá no colorindo's e vim aqui agradecer =)

Acredito que todos de certa forma, somos um pouco professores, mesmo não exercendo a profissão de fato. Ensinamos por nosso exemplo, palavras e atitudes, acredito que tudo que fazemos e ou dizemos de certa forma, move os outros.
Eu fui uma aluna por vezes problematica hehe dei algum trabalho sim, mas houve alguns que souberam lidar comigo e viram algum potencial em mim que nem eu mesma via.
Só posso acrescentar que essa profissão é muito digna e séria.

Ainda bem que não sou so tempo da palmatória...senão...=P

Mas reconheço que não tenho paciencia pra ensinar pelo menos não consciente.

Beijo pra voce e aguardo sua visita mais vezes, achei lindo seu blog e andeu dando uma zapeada por ele. Tu escreve mointo!
E o que me chamou a atenção, foram aquelas borboletas ali no finalzinho =)

Até mais

Sonia Pires disse...

Concordo inteiramente contigo. A disciplina é fundamental no processo de aprendizagem. O respeito pelo "mestre" precisa ser novamente incutido na gurizada de agora. Os professores precisam ativar a auto-estima e defender sua posição de saberia e de orientasdor. Acho lamentável como a educação sofre com a falta de limite dos nossos jovens. Acredito que em casa é que se desenvolve o respeito e na escola ele precisa ser reforçado. O problema é que, cada vez mais, os pais não transmitem para os filhos esse respeito nem por eles mesmos. Aí fica complicado!
Parabéns pelo blog, gostei muito.
Um abraço